O futuro da humanidade passa pela família. (Papa João Paulo II, Homilia no Rio de Janeiro, 1997.)
Os pais do Servo de Deus Lafayette da Costa Coelho viveram no período que corresponde, historicamente, do Segundo Reinado (1831-1889) ao advento da República (1889 em diante). O mundo começava a conhecer o telefone, inventado em 1876, e ainda não havia o automóvel (surgido em 1891). As pessoas não conheciam a comunicação pelo rádio, feita pela primeira vez em 1896.
No dia 1º de maio de 1865 teve início o mais violento conflito travado na América do Sul, quando o Imperador Dom Pedro II, do Brasil, assinou a Tríplice Aliança, em Buenos Aires, estabelecendo a união dos três países - Argentina, Brasil e Uruguai - contra Solano Lopez, líder do Paraguai, que comandava cerca de sessenta e quatro mil soldados.
Com cinco anos de duração (1865-1870), a Guerra do Paraguai tinha como pano de fundo inúmeras questões de fronteira, além de problemas de navegação nos dois grandes rios da região do Prata (Paraná e Paraguai), que resultaram em conflitos na estrutura das relações mantidas entre os países fronteiriços. A guerra, que trouxe tristes conseqüências para os envolvidos, durou até março de 1870, quando foi morto Solano Lopez.
Para esses combates partiram do Serro vários voluntários, dentre eles, os filhos do Sr. Rogério da Costa Coelho e de D. Maria Eufrásia de Jesus, Rogério, Renovato e José da Costa Coelho. Este último será o pai de nosso Cônego Lafayette.
Terminada a guerra, já no início do chamado "declínio do Império", aqueles três serranos retornaram. Vinham sentir, longe dos gritos e gemidos, a segurança nos braços tranqüilos das Minas Gerais. Quantas aventuras puderam contar! José voltou com o honroso título de Alferes, para amenizar os ingentes prejuízos auferidos no campo de batalha. Auxiliado com o soldo de "herói nacional" que passou a receber, estabeleceu-se como comerciante em sua cidade. E no comércio, entre as riquezas do solo e subsolo, comprava também ouro em pó, que vinha das mãos das centenas de garimpeiros, que ajudaram a escrever a história de Minas.
Seu Juca Paraguaio, como passou a ser chamado o nosso Alferes, conheceu uma das filhas do senhor Bernardino da Costa Coelho e de dona Maria Eulália da Luz, a pequena Júlia, com a qual contraiu matrimônio
(veja foto, acima). Júlia contava então quatorze anos de idade. O jovem casal foi estabelecer-se em um casarão, de número 55, na rua General Osório, conhecida popularmente como "Alto do Gambá", de onde se avista o grandioso Pico do Itambé. Ali, naquele casarão de paredes brancas e de janelas e portas azuis, perto da Igreja de Santa Rita, nasceram os oito filhos do casal José e Júlia: Marcos, Maria Tereza, Rita, José, Estefânia, Lafayette, Olegário e Andrelina.
Marcos, o primeiro filho, nasceu em 7 de abril de 1872. Os pais puderam encaminhá-lo para estudar na tradicional cidade de Ouro Preto. Ali começou a estudar Engenharia. Não chegando a concluir o curso, veio residir em sua cidade natal, onde foi Secretário da Câmara Municipal. Casou-se, em primeiras núpcias, com Jacinta Fontoura e teve os seguintes filhos: Julianete, Atenágoras, Julita, Francisca, Cícero e Marcos. Ficando viúvo, casou-se com Gabriela, com quem não teve nenhum filho.
Maria Tereza, que atendia pelo carinhoso apelido de Tetê, é a segunda filha. Faleceu ainda muito jovem. Rita, a terceira filha, nasceu em 25 de abril de 1878.
O quarto filho, José, que tinha o mesmo nome do pai, cursou a antiga Escola Normal do Serro. Ainda jovem, sentindo o chamado ao sacerdócio, ingressou no Seminário de Diamantina. Pertenceu ao clero diamantinense e exerceu importantes funções, sendo ordenado presbítero em 1909. Era conhecido como Monsenhor José Coelho. Trabalhou em sua cidade natal e exerceu a função de jornalista. A maior parte de seu ministério ele a viveu na cidade de Senhora do Porto -MG, onde permaneceu durante cinqüenta anos. Ali faleceu em 31 de agosto de 1966, aos 84 anos.
Estefânia casou-se jovem e foi morar em São Paulo de Muriaé. Os sobrinhos, de Serro, pouca lembrança têm dela.
Olegário tornou-se alfaiate. Encontra-se o seu nome entre o "corpo de jurados" do Fórum de Serro. Casou-se duas vezes. As primeiras núpcias foram no dia 29 de março de 1913, com sua prima Francisca de Salles e Silva (Chiquinha), com quem teve dois filhos. O sacramento foi abençoado pelo vigário, Pe. José da Costa Coelho, irmão do noivo. As segundas núpcias foram com Raimunda Maria de Jesus, com quem teve os seguintes filhos: Juca, Lafaiete, Leonor, Terezinha, Sílvio, Francisco, Maria da Conceição (Iaiá) e Maria das Dores. Em casa de Olegário o Cônego Lafayette se hospedaria, quando de sua ida ao Serro. É a mesma casa em que moraram seus pais.
Andrelina, última filha, aos 17 anos encontrou o seu caminho na Congregação das Filhas da Caridade e, como religiosa, adotou o nome de Irmã Apoline. A serviço da Congregação esteve em diversos lugares: no Ceará, Pernambuco, Bahia e Brasília, onde veio a falecer. (Trecho do livro "A grandeza na simplicidade", de Pe. Ismar Dias de Matos, Editora FUMARC, Belo Horizonte-MG, 2001, p. 31-33).
2 comentários:
Meu nome é Sebastiao Costa, moro em B.Hte. nasci em Rio Vermelho MG e recentemente conheci o tumulo do conego Lafayete em Sta. Maria do Suaçui, certamente somos parente proximo pois sou filho de Mª carolina COSTA COELHO e meu avo se chamava Geraldo da Costa Coelho, nascido na cidade do Serro MG e gostaria de poder saber mais sobre nossa arvore G.materna, fiquei muito feliz de saber que é a mesma familia. Um grande abraço a todos os COSTA COELHO.meu email é sleme123@gmail.com.
Meu nome é Sebastiao Costa, moro em B.Hte. nasci em Rio Vermelho MG e recentemente conheci o tumulo do conego Lafayete em Sta. Maria do Suaçui, certamente somos parente proximo pois sou filho de Mª carolina COSTA COELHO e meu avo se chamava Geraldo da Costa Coelho, nascido na cidade do Serro MG e gostaria de poder saber mais sobre nossa arvore G.materna, fiquei muito feliz de saber que é a mesma familia. Um grande abraço a todos os COSTA COELHO.meu email é sleme123@gmail.com.
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