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Chamando o Servo de Deus de "Santo" não queremos, aqui, antecipar o pronunciamento da Santa Igreja, mas queremos tão somente falar como o povo de Deus chama o Cônego Lafayette: "Santo Cônego".

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

A FA­MÍ­LIA DO SER­VO DE ­DEUS CÔNEGO LAFAYETTE


O fu­tu­ro da hu­ma­ni­da­de pas­sa pe­la fa­mí­lia. (Pa­pa ­João Pau­lo II, Ho­mi­lia no Rio de Ja­nei­ro, 1997.)

Os ­pais do Ser­vo de ­Deus La­fa­yet­te da Cos­ta Coe­lho vi­ve­ram no pe­río­do que cor­res­pon­de, his­to­ri­ca­men­te, do Se­gun­do Rei­na­do (1831-1889) ao ad­ven­to da Re­pú­bli­ca (1889 em dian­te). O mun­do co­me­ça­va a co­nhe­cer o te­le­fo­ne, in­ven­ta­do em 1876, e ain­da não ha­via o au­to­mó­vel (sur­gi­do em 1891). As pes­soas não co­nhe­ciam a co­mu­ni­ca­ção pe­lo rá­dio, fei­ta pe­la pri­mei­ra vez em 1896.
No dia 1º de ­maio de 1865 te­ve iní­cio o ­mais vio­len­to con­fli­to tra­va­do na Amé­ri­ca do Sul, quan­do o Im­pe­ra­dor Dom Pe­dro II, do Bra­sil, as­si­nou a Trí­pli­ce Alian­ça, em Bue­nos Ai­res, es­ta­be­le­cen­do a ­união dos ­três paí­ses - Ar­gen­ti­na, Bra­sil e Uru­guai - con­tra So­la­no Lo­pez, lí­der do Pa­ra­guai, que co­man­da­va cer­ca de ses­sen­ta e qua­tro mil sol­da­dos.
Com cin­co ­anos de du­ra­ção (1865-1870), a Guer­ra do Pa­ra­guai ti­nha co­mo pa­no de fun­do inú­me­ras ques­tões de fron­tei­ra, ­além de pro­ble­mas de na­ve­ga­ção nos ­dois gran­des ­rios da re­gião do Pra­ta (Pa­ra­ná e Pa­ra­guai), que re­sul­ta­ram em con­fli­tos na es­tru­tu­ra das re­la­ções man­ti­das en­tre os paí­ses fron­tei­ri­ços. A guer­ra, que trou­xe tris­tes con­se­qüên­cias pa­ra os en­vol­vi­dos, du­rou até mar­ço de 1870, quan­do foi mor­to So­la­no Lo­pez.
Pa­ra es­ses com­ba­tes par­ti­ram do Ser­ro vá­rios vo­lun­tá­rios, den­tre ­eles, os fi­lhos do Sr. Ro­gé­rio da Cos­ta Coe­lho e de D. Ma­ria Eu­frá­sia de Je­sus, Ro­gé­rio, Re­no­va­to e Jo­sé da Cos­ta Coe­lho. Es­te úl­ti­mo se­rá o pai de nos­so Cô­ne­go La­fa­yet­te.
Ter­mi­na­da a guer­ra, já no iní­cio do cha­ma­do "de­clí­nio do Im­pé­rio", aque­les ­três ser­ra­nos re­tor­na­ram. Vi­nham sen­tir, lon­ge dos gri­tos e ge­mi­dos, a se­gu­ran­ça nos bra­ços tran­qüi­los das Mi­nas Ge­rais. Quan­tas aven­tu­ras pu­de­ram con­tar! Jo­sé vol­tou com o hon­ro­so tí­tu­lo de Al­fe­res, pa­ra ame­ni­zar os in­gen­tes pre­juí­zos au­fe­ri­dos no cam­po de ba­ta­lha. Au­xi­lia­do com o sol­do de "he­rói na­cio­nal" que pas­sou a re­ce­ber, es­ta­be­le­ceu-se co­mo co­mer­cian­te em sua ci­da­de. E no co­mér­cio, en­tre as ri­que­zas do so­lo e sub­so­lo, com­pra­va tam­bém ou­ro em pó, que vi­nha das ­mãos das cen­te­nas de ga­rim­pei­ros, que aju­da­ram a es­cre­ver a his­tó­ria de Mi­nas.
Seu Ju­ca Pa­ra­guaio, co­mo pas­sou a ser cha­ma­do o nos­so Al­fe­res, co­nhe­ceu uma das fi­lhas do se­nhor Ber­nar­di­no da Cos­ta Coe­lho e de do­na Ma­ria Eu­lá­lia da Luz, a pe­que­na Jú­lia, com a ­qual con­traiu ma­tri­mô­nio (veja foto, acima). Jú­lia con­ta­va en­tão qua­tor­ze ­anos de ida­de. O jo­vem ca­sal foi es­ta­be­le­cer-se em um ca­sa­rão, de nú­me­ro 55, na rua Ge­ne­ral Osó­rio, co­nhe­ci­da po­pu­lar­men­te co­mo "Al­to do Gam­bá", de on­de se avis­ta o gran­dio­so Pi­co do Itam­bé. Ali, na­que­le ca­sa­rão de pa­re­des bran­cas e de ja­ne­las e por­tas ­azuis, per­to da Igre­ja de San­ta Ri­ta, nas­ce­ram os oi­to fi­lhos do ca­sal Jo­sé e Jú­lia: Mar­cos, Ma­ria Te­re­za, Ri­ta, Jo­sé, Es­te­fâ­nia, La­fa­yet­te, Ole­gá­rio e An­dre­li­na.
Mar­cos, o pri­mei­ro fi­lho, nas­ceu em 7 de ­abril de 1872. Os ­pais pu­de­ram en­ca­mi­nhá-lo pa­ra es­tu­dar na tra­di­cio­nal ci­da­de de Ou­ro Pre­to. Ali co­me­çou a es­tu­dar En­ge­nha­ria. Não che­gan­do a con­cluir o cur­so, ­veio re­si­dir em sua ci­da­de na­tal, on­de foi Se­cre­tá­rio da Câ­ma­ra Mu­ni­ci­pal. Ca­sou-se, em pri­mei­ras núp­cias, com Ja­cin­ta Fon­tou­ra e te­ve os se­guin­tes fi­lhos: Ju­lia­ne­te, Ate­ná­go­ras, Ju­li­ta, Fran­cis­ca, Cí­ce­ro e Mar­cos. Fi­can­do viú­vo, ca­sou-se com Ga­brie­la, com ­quem não te­ve ne­nhum fi­lho.
Ma­ria Te­re­za, que aten­dia pe­lo ca­ri­nho­so ape­li­do de Te­tê, é a se­gun­da fi­lha. Fa­le­ceu ain­da mui­to jo­vem. Ri­ta, a ter­cei­ra fi­lha, nas­ceu em 25 de ­abril de 1878.
O quar­to fi­lho, Jo­sé, que ti­nha o mes­mo no­me do pai, cur­sou a an­ti­ga Es­co­la Nor­mal do Ser­ro. Ain­da jo­vem, sen­tin­do o cha­ma­do ao sa­cer­dó­cio, in­gres­sou no Se­mi­ná­rio de Dia­man­ti­na. Per­ten­ceu ao cle­ro dia­man­ti­nen­se e exer­ceu im­por­tan­tes fun­ções, sen­do or­de­na­do pres­bí­te­ro em 1909. Era co­nhe­ci­do co­mo Mon­se­nhor Jo­sé Coe­lho. Tra­ba­lhou em sua ci­da­de na­tal e exer­ceu a fun­ção de jor­na­lis­ta. A ­maior par­te de seu mi­nis­té­rio ele a vi­veu na ci­da­de de Se­nho­ra do Por­to -MG, on­de per­ma­ne­ceu du­ran­te cin­qüen­ta ­anos. Ali fa­le­ceu em 31 de agos­to de 1966, aos 84 ­anos.
Es­te­fâ­nia ca­sou-se jo­vem e foi mo­rar em São Pau­lo de Mu­riaé. Os so­bri­nhos, de Ser­ro, pou­ca lem­bran­ça têm de­la.
Ole­gá­rio tor­nou-se al­faia­te. En­con­tra-se o seu no­me en­tre o "cor­po de ju­ra­dos" do Fó­rum de Ser­ro. Ca­sou-se ­duas ve­zes. As pri­mei­ras núp­cias fo­ram no dia 29 de mar­ço de 1913, com sua pri­ma Fran­cis­ca de Sal­les e Sil­va (Chi­qui­nha), com ­quem te­ve ­dois fi­lhos. O sa­cra­men­to foi aben­çoa­do pe­lo vi­gá­rio, Pe. Jo­sé da Cos­ta Coe­lho, ir­mão do noi­vo. As se­gun­das núp­cias fo­ram com Rai­mun­da Ma­ria de Je­sus, com ­quem te­ve os se­guin­tes fi­lhos: Ju­ca, La­faie­te, Leo­nor, Te­re­zi­nha, Síl­vio, Fran­cis­co, Ma­ria da Con­cei­ção (­Iaiá) e Ma­ria das Do­res. Em ca­sa de Ole­gá­rio o Cô­ne­go La­fa­yet­te se hos­pe­da­ria, quan­do de sua ida ao Ser­ro. É a mes­ma ca­sa em que mo­ra­ram ­seus ­pais.
An­dre­li­na, úl­ti­ma fi­lha, aos 17 ­anos en­con­trou o seu ca­mi­nho na Con­gre­ga­ção das Fi­lhas da Ca­ri­da­de e, co­mo re­li­gio­sa, ado­tou o no­me de Ir­mã Apo­li­ne. A ser­vi­ço da Con­gre­ga­ção es­te­ve em di­ver­sos lu­ga­res: no Cea­rá, Per­nam­bu­co, Ba­hia e Bra­sí­lia, on­de ­veio a fa­le­cer. (Trecho do livro "A grandeza na simplicidade", de Pe. Ismar Dias de Matos, Editora FUMARC, Belo Horizonte-MG, 2001, p. 31-33).

2 comentários:

tiao disse...

Meu nome é Sebastiao Costa, moro em B.Hte. nasci em Rio Vermelho MG e recentemente conheci o tumulo do conego Lafayete em Sta. Maria do Suaçui, certamente somos parente proximo pois sou filho de Mª carolina COSTA COELHO e meu avo se chamava Geraldo da Costa Coelho, nascido na cidade do Serro MG e gostaria de poder saber mais sobre nossa arvore G.materna, fiquei muito feliz de saber que é a mesma familia. Um grande abraço a todos os COSTA COELHO.meu email é sleme123@gmail.com.

tiao disse...

Meu nome é Sebastiao Costa, moro em B.Hte. nasci em Rio Vermelho MG e recentemente conheci o tumulo do conego Lafayete em Sta. Maria do Suaçui, certamente somos parente proximo pois sou filho de Mª carolina COSTA COELHO e meu avo se chamava Geraldo da Costa Coelho, nascido na cidade do Serro MG e gostaria de poder saber mais sobre nossa arvore G.materna, fiquei muito feliz de saber que é a mesma familia. Um grande abraço a todos os COSTA COELHO.meu email é sleme123@gmail.com.