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Chamando o Servo de Deus de "Santo" não queremos, aqui, antecipar o pronunciamento da Santa Igreja, mas queremos tão somente falar como o povo de Deus chama o Cônego Lafayette: "Santo Cônego".

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

A santidade é possível

No Sermão da Montanha, Mateus registra o mandato essencial de Jesus: “Sejam perfeitos como é perfeito o Pai de vocês que está no céu” (Mt 5, 48). Em outras palavras, Jesus ordena que seus discípulos realizem na singularidade da práxis o universal abstrato da perfeição do Pai celestial, isto é, que o Amor Divino, como fonte inesgotável, seja vivido em uma realidade histórico-social concreta, de modo a plasmar os atos humanos num existir livre e virtuoso. Assim, na singularidade do agir de cada discípulo poderá ser percebido o desejo de concretizar a universalidade normativa essencial de Deus: “Sejam santos”.
Na singularidade de sua vida, transcorrida num espaço histórico e geográfico, Cônego Lafayette da Costa Coelho(1886-1961), com seus exemplos e sua fala, mostrou-nos que o imperativo universal do Evangelho à santidade é possível. A beleza universalizante da santidade se particularizou no ethos cristão-católico por um homem simples, pastor de almas, que viveu as quatro décadas de seu ministério no meio do povo do Vale do Suaçuí. As pessoas que tiveram o privilégio de conhecer o Cônego Lafayette podiam dizer, como aquele peregrino de Ars ao se encontrar com São João Vianney, que viam a Beleza Absoluta de Deus na simplicidade de um sacerdote: “Vi Deus em um homem”. Pela mediação de seus atos sacerdotais, aquele homem concretizou em sua grande simplicidade a universalidade do Deus Santo, doador de vida.
A consciência da santidade de que era portador fazia com que aquele homem impregnasse cada ato seu com os germes daquele Espírito Santo que o impulsionava. Não havia nele atos desconexos, cada um era o elo de uma mística corrente que desejava atar as ovelhas dispersas ao verdadeiro Senhor da Messe e Pastor do Rebanho. Seus atos virtuosos eram eficazes porque procediam do Deus Santo e a Ele retornavam depois de haverem realizado maravilhas em prol dos que buscavam de suas mãos a bênção restauradora. Cônego Lafayette, na contingência histórica de sua existência, mostrou-nos que a santidade é possível. (Ismar Dias de Matos)

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